COOLER PELTIER MICROCONTROLADO
ENG. ELÉTRICA - PUCPR
EQUIPE:
André Rui Poletti de Oliveira - [email protected]
Ismael Augusto Leismann - [email protected]
Prof. Orientador: Altair Olivo Santin - [email protected]
INTRODUÇÃO
Pastilhas termoelétricas operam
utilizando o efeito Peltier, a teoria de que há um efeito aquecedor ou resfriador quando uma corrente elétrica passa por dois condutores. A tensão
aplicada aos pólos de dois materiais distintos cria uma diferença de
temperatura. Graças a essa diferença, o resfriamento Peltier fará o calor mover
de um lado ao outro. Uma típica pastilha de Peltier contem uma série de
elementos semicondutores do tipo-p e tipo-n, agrupados como pares (ver Figura
1), que agirão como condutores dissimilares.
Figura 1
Essa série de elementos é soldada entre duas placas cerâmicas, eletricamente em série e termicamente em paralelo. Quando uma corrente DC passa por um ou mais pares de elementos de tipo-n a tipo-p, há uma redução na temperatura da junta ("lado frio") resultando em uma absorção do calor do ambiente. Este calor é transferido pela pastilha por transporte de elétrons e emitido no outro lado ("quente") via elétrons que movem de um estado alto para um estado baixo (ver Figura 2). A capacidade de bombeamento de calor de um resfriador é proporcional à corrente e o número de pares de elementos tipo-n e tipo-p.
Figura 2
OBJETIVO
Nosso objetivo é resfriar uma caixa térmica utilizando uma célula de peltier e controlarmos sua temperatura utilizando um microcontrolador PIC16F87.
DESENVOLVIMENTO
Primeiramente foi pensando no melhor jeito de tornar a célula peltier mais eficiente. Assim foi testado de várias maneiras como seria seu melhor rendimento, e chegamos a uma conclusão que com 2 dissipadores e 2 coolers seriam as melhores maneiras de facilitar a convecção. Já que somente dois dissipadores e um só cooler do lado de fora para retirar o calor seria pouco eficiente como testamos. Já que precisamos forçar a convecção.
Assim chegando à conclusão da melhor maneira de fazer o conjunto da célula de peltier, confeccionamos uma placa de metal um pouco mais grossa para fixar na parte quente da célula e conseguir encostar no dissipador da parte quente, junto com o cooler. Assim ficaria uma boa altura, entre a parte quente e fria, para botar um material isolante a qual sem ele a eficiência fica comprometida.
Fixamos a parte de metal, com ajuda da pasta térmica para ter melhor transferência de temperatura, com a célula de peltier e colocamos um dissipador e um coooler também acoplados a placa de metal. Do outro lado da célula, na parte onde resfria, acoplamos somente um dissipador e o cooler, para facilitar a convecção. E isolamos a parte externa da interna ao máximo para ter máxima eficiência.
CÁLCULOS
Esses são os cálculos da célula de peltier. Sendo necessários para experimentos de maior grau de complexidade ou se queira se chegar a quase uma perfeição de eficiência. Mas para projetos mais simples, uma boa teoria sobre convecção e resfriamento já serve para chegar a um excelente resultado.
Essa é a equação geral para a dissipação de uma carga ativa:
,
onde:
Q=carga térmica ativa em watts.
V= tensão aplicada ao sistema resfriado em volts.
R=resistência da aplicação em ohms.
I=corrente da aplicação em ampére.
BTU (também pode ser escrito Btu) é um acrônimo para British Thermal Unit (ou Unidade térmica Britânica) é uma unidade de medida não-métrica (Não pertencente ao SI) utilizada principalmente nos Estados Unidos, mas também utilizada no Reino Unido. É uma unidade de energia que é equivalente a:
252,2 calorias.
1055 joules.
Entre 778 e 782 ft.lbf (pés-libra-força).
A quantidade de 1 Btu é definida como a quantidade de energia necessária para se elevar a temperatura de uma massa de uma libra de água em um grau fahrenheit. Para se derreter a mesma massa de gelo, é necessário 143 Btu.
1Watt é aproximadamente 3,41BTU/h. Então como calculado acima, temos 60Watts dissipados pela célula de peltier, se usada nessa configuração. 60 Watts x 3,41BTU/h = 204,6 BTU/h.
Em média 600BTU são suficiente para gelar uma área de 1m². Como a caixa térmica tem apenas 7litros. É suficiente essa célula para refrigerar a caixa.
DIAGRAMA DE BLOCOS
FOTOS DO PROJETO
Figura Frontal
Figura Lateral
Foto da Célula de Peltier com pasta térmica.
Foto interna
Figura do termômetro. Temperatura externa e interna.
CIRCUITO DO SENSOR / PIC
Circuito do sensor + PIC
Pinagem do display de sete segmentos
SENSOR
Foi usado um sensor de temperatura LM35(figura 3). Ele varia com a temperatura, alterando o valor da tensão aplicada a ele. A variação em média seria de 1°C a cada 10mV. Mas como vemos no gráfico, podemos ter uma pequena variação.
Figura 3
TEMP. °C | TENSÃO (V) |
-10 | 3,1 |
0 | 3,2 |
12,5 | 3,3 |
30 | 3,4 |
47 | 3,5 |
62,5 | 3,6 |
80 | 3,7 |
100 | 3,8 |
112,5 | 3,9 |
130 | 4 |
DIFICULDADES
Nossa principal dificuldade foi isolar a célula peltier para conseguir maior eficiência. A isolação consiste em não deixar o lado quente da célula ter contato com o lado frio dela, assim necessitamos de um bom isolador entre as placas.
LISTA DE COMPONENTES
1 Célula Peltier 4x4cm / 15.4 V / 6A
1 Caixa térmica
2 Coolers 12 V DC
2 Dissipadores
Pasta térmica
Componentes para o sensor/PIC:
1 PIC16F87
2 x LM35
2 x MC14511BCP
2 x Capacitor 10uF
1 x Capacitor de 0,1uF
6 x BC548B
6 x Resistores 270ohms
6 x Resistores 1Kohms
1 x Resistor de 4,7Kohm
1 x Cristal de 11.0592MHz
6 x Display de 7 segmentos
1 Trinpot 10k
CÓDIGO FONTE
#include <16F876A.h>
#device adc=10
#use delay(clock=11059200)
#use rs232(baud=19200, xmit=pin_C6)
#fuses HS, PUT, NOBROWNOUT, NOWDT, NOLVP
#define A1 pin_b4
#define B1 pin_b7
#define C1 pin_b6
#define D1 pin_b5
#define A2 pin_c3
#define B2 pin_c0
#define C2 pin_c1
#define D2 pin_c2
int dez_1[4], un_1[4], dec_1[4];
int dez_2[4], un_2[4], dec_2[4];
int aux, i, cont = 0;
long int temp1, temp2;
void converte_dez_1()
{
aux = temp1 / 100;
for (i = 3; i >= 1; i--)
{
dez_1[i] = aux % 2;
aux = aux / 2;
}
dez_1[0] = aux % 2;
}
void converte_un_1()
{
aux = (temp1 % 100)/10;
for (i = 3; i >= 1; i--)
{
un_1[i] = aux % 2;
aux = aux / 2;
}
un_1[0] = aux % 2;
}
void converte_dec_1()
{
aux = (temp1 % 100)%10;
for (i = 3; i >= 1; i--)
{
dec_1[i] = aux % 2;
aux = aux / 2;
}
dec_1[0] = aux % 2;
}
void converte_dez_2()
{
aux = temp2 / 100;
for (i = 3; i >= 1; i--)
{
dez_2[i] = aux % 2;
aux = aux / 2;
}
dez_2[0] = aux % 2;
}
void converte_un_2()
{
aux = (temp2 % 100)/10;
for (i = 3; i >= 1; i--)
{
un_2[i] = aux % 2;
aux = aux / 2;
}
un_2[0] = aux % 2;
}
void converte_dec_2()
{
aux = (temp2 % 100)%10;
for (i = 3; i >= 1; i--)
{
dec_2[i] = aux % 2;
aux = aux / 2;
}
dec_2[0] = aux % 2;
}
void escreve_dez_1()
{
output_b(0x00);
output_bit(D1, dez_1[0]);
output_bit(C1, dez_1[1]);
output_bit(B1, dez_1[2]);
output_bit(A1, dez_1[3]);
output_high(pin_b1);
}
void escreve_un_1()
{
output_b(0x00);
output_bit(D1, un_1[0]);
output_bit(C1, un_1[1]);
output_bit(B1, un_1[2]);
output_bit(A1, un_1[3]);
output_high(pin_b3);
}
void escreve_dec_1()
{
output_b(0x00);
output_bit(D1, dec_1[0]);
output_bit(C1, dec_1[1]);
output_bit(B1, dec_1[2]);
output_bit(A1, dec_1[3]);
output_high(pin_b2);
}
void escreve_dez_2()
{
output_c(0x00);
output_bit(D2, dez_2[0]);
output_bit(C2, dez_2[1]);
output_bit(B2, dez_2[2]);
output_bit(A2, dez_2[3]);
output_high(pin_c5);
}
void escreve_un_2()
{
output_c(0x00);
output_bit(D2, un_2[0]);
output_bit(C2, un_2[1]);
output_bit(B2, un_2[2]);
output_bit(A2, un_2[3]);
output_high(pin_c4);
}
void escreve_dec_2()
{
output_c(0x00);
output_bit(D2, dec_2[0]);
output_bit(C2, dec_2[1]);
output_bit(B2, dec_2[2]);
output_bit(A2, dec_2[3]);
output_high(pin_c7);
}
#int_rtcc
void trata_rtcc()
{
set_rtcc(251 - get_rtcc());
if (cont == 0)
escreve_dez_1();
if (cont == 1)
escreve_dez_2();
if (cont == 2)
escreve_un_1();
if (cont == 3)
escreve_un_2();
if (cont == 4)
escreve_dec_1();
if (cont == 5)
escreve_dec_2();
if (cont == 5)
cont = 0;
else
cont++;
}
void main()
{
setup_ADC_ports(RA0_RA1_ANALOG_RA3_REF);
setup_adc(ADC_CLOCK_INTERNAL);
setup_timer_0(RTCC_INTERNAL | RTCC_DIV_256);
set_rtcc(251);
enable_interrupts(global | int_rtcc);
while(1)
{
set_adc_channel(0);
temp1 = (read_adc() * 2.5);
converte_dez_1();
converte_un_1();
converte_dec_1();
set_adc_channel(1);
temp2 = (read_adc() * 2.5);
converte_dez_2();
converte_un_2();
converte_dec_2();
delay_ms(500);
delay_ms(500);
}
}
DATASHEETS
CÉLULA PELTIER
http://www.efeitopeltier.com.br/files/dv-40-06.pdf
LM35
http://www.national.com/ds.cgi/LM/LM35.pdf
PIC16F87
http://www.datasheet4u.com/download.php?id=542284
MC14511BCP
http://www.datasheetcatalog.com/
BC548B
http://www.datasheetcatalog.net/
SITES RELACIONADOS
http://www.efeitopeltier.com.br/
http://www.grynx.com/projects/peltier-beer-cooler/
AGRADECIMENTOS
Agradecemos o apoio, incentivo e sugestões para melhoria do projeto ao Professor Altair Olivo Santin, Professor Ivan Jorge Chueiri, aos nossos colegas Carlos Eduardo Fusinatto Magnani e Leonardo Contini. Aos demais, que ajudaram direta ou indiretamente, muito obrigado pelo apoio e incentivo.